Posicionamento na rede tem efeitos benéficos em neonatos pré-termo internados em unidade de terapia intensiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17696/2318-3691.28.1.2021.1708

Palavras-chave:

Recém-Nascido; Recém-Nascido Prematuro; Posicionamento do Paciente; Modalidades de Fisoterapia

Resumo

Introdução: Neonatos pré-termo (NPT) internados sob cuidados intensivos estão expostos a diversos fatores que acarretam excesso de estímulo levando ao estresse. O posicionamento adequado pode minimizar os efeitos deletérios nestes pacientes. Objetivo: Analisar os efeitos do posicionamento na rede de NPT sobre os sinais vitais e o nível de dor. Métodos: Estudo retrospectivo de caráter descritivo realizado no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais – Ponta Grossa/PR, utilizando dados referentes ao período de outubro de 2014 e novembro de 2015. Foram incluídos dados, provenientes de uma tabela de controle utilizada pelos fisioterapeutas do setor para acompanhar os sinais vitais e a presença de dor pela escala Neonatal Infant Pain Scale nos neonatos pré-termo posicionados NA rede, de 20 Neonatos pré-termointernados na unidade de terapia intensiva neonatal. Esses dados eram coletados imediatamente antes ao posicionamento e 30 min após. Foram analisadas frequência cardíaca (FC) e respiratória (FR), saturação periférica de oxigênio (SpO2) e dor antes e após o posicionamento na rede. Resultado: Houve redução significativa das frequências, cardíaca FC antes 160 (18,6)bpm e após 142,7(11,9)bpm(p<0,001), e respiratória antes 46,2(8,5)ipm e após 42,7(7,9)ipm (p<0,05), e do nível de dor, antes 1 (0-2,5) ponto e, após, 0 (0-0) ponto (p<0,001), e aumentoda SpO2 96,98% (2,08) e após o posicionamento 98,56% (1,04) (p<0,001). Conclusão: O posicionamento em rede reduz a frequência cardíaca e frequência respiratória, e o nível de dor, e aumenta a SpO2, portanto, é um posicionamento indicado para neonatos pré-termo.

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Publicado

24-08-2021

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Artigo Original

Como Citar

Posicionamento na rede tem efeitos benéficos em neonatos pré-termo internados em unidade de terapia intensiva. (2021). Archives of Health Sciences, 28(1), 22-25. https://doi.org/10.17696/2318-3691.28.1.2021.1708